O sucesso do PSL nas eleições de 2018 animou muitos
políticos do partido a construírem candidaturas majoritárias em 2020. No
Paraná, os casos mais evidentes são os do deputado estadual Fernando
Francischini, que pretende disputar a prefeitura de Curitiba, e o deputado
federal Filipe Barros, pré-candidato à prefeitura de Londrina.
Os planos, que há
uns meses pareciam seguros e tranquilos, foram chacoalhados pelas disputas
internas do PSL e a consequente saída do presidente Jair Bolsonaro da legenda.
As informações são de João Frey na Gazeta do Povo.
A movimentação afetará os dois paranaenses de modo distinto.
A diferença básica é que Francischini integra o grupo que seguirá no PSL e
Filipe Barros é da turma que vai embora do partido para embarcar no novo
projeto bolsonarista.
Francischini no PSL
Desde que começou a articular o projeto de sua candidatura,
o deputado Fernando Francischini esperava contar com o apoio de Bolsonaro na
disputa pela prefeitura de Curitiba, cidade onde o presidente recebeu 76% dos
votos. Diante dos desentendimentos no partido, entretanto, Francischini mudou o
discurso. Sem ataques ao presidente, ele diz que construiu sua carreira
política no estado antes da onda Bolsonaro, portanto tem condições de disputar
uma eleição majoritária apenas com o próprio capital político.
No entorno de Francischini, já há até quem diga que hoje em
dia a vinculação direta ao presidente traria mais prejuízos que vantagens a sua
candidatura.
Uma vantagem que Francischini tem ao ficar no PSL é o
controle da legenda. Ele é o presidente estadual do partido e sua esposa é a
secretária nacional. Portanto, não faltarão recursos e nem apoio partidário
para que ele construa sua candidatura.
Barros com Bolsonaro
Após sair da reunião realizada nesta terça-feira, 12, em que
Bolsonaro anunciou que deixaria o PSL para criar o partido Aliança pelo Brasil,
Filipe Barros informou que seguiria o presidente nessa empreitada. A decisão é
arriscada, já que ele corre o risco de o projeto não ser formalizado em tempo
hábil para a disputa eleitoral de 2020. Nesse caso ele deve abrir mão do
projeto municipal ou se filiar a outro partido para conseguir lançar sua
candidatura.
Via Gazeta do Povo
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