Guedes tem fala distorcida sobre o AI-5 por condenar radicalização da esquerda

Ministro da Fazenda durante coletiva em Whashington D.C. (EUA)

Em uma entrevista coletiva de quase duas horas em Washington D.C., na noite desta segunda-feira, 25, o ministro da Economia Paulo Guedes se exaltou ao comentar os discursos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recém liberado da prisão, e afirmou que as palavras do líder petista levam ao acirramento das ações do governo Bolsonaro.

"É irresponsável chamar alguém pra rua agora pra fazer quebradeira. Pra dizer que tem que tomar o poder. Se você acredita numa democracia, quem acredita numa democracia espera vencer e ser eleito. Não chama ninguém pra quebrar nada na rua. Ou democracia é só quando o seu lado ganha? Quando o outro lado ganha, com dez meses você já chama todo mundo pra quebrar a rua? Que responsabilidade é essa? Não se assustem então se alguém pedir o AI-5. Já não aconteceu uma vez? Ou foi diferente?", disse Guedes, em referência ao período de 20 anos de ditadura militar que o país viveu.

Ao mencionar o Ato Institucional Nº5, instrumento da ditadura militar editado em 1968 que fechou o Congresso e cassou as liberdades individuais, Guedes faz referência à afirmação de Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do presidente Jair Bolsonaro. No fim do mês passado, Eduardo afirmou que poderia haver a necessidade de reeditar o AI-5 caso a esquerda radicalizasse.

Naquele momento, os bolsonaristas viviam a expectativa de Lula ser solto pelo Supremo Tribunal Federal, o que de fato aconteceu dias mais tarde. Depois da soltura, Lula tem chamado Paulo Guedes de "exterminador de empregos" e feito discursos inflamados contra a gestão Bolsonaro.

 Via BBC

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