João Arruda, Cida Borghetti e o governador Ratinho Júnior |
A eleição municipal de quatro de outubro de 2020 vai ser um
laboratório para a sucessão estadual e presidencial de 2022 e as forças
políticas já estão agindo nos bastidores para construírem as bases necessárias
para a disputa maior – concretamente, dominar prefeituras significa aumentar as
chances de ter hegemonia nos governos estaduais e possivelmente no federal, com
legiões de cabos eleitorais por diversas regiões. As informações são do Blog do Tupan.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior vem suando a camisa
para conquistar uma base sólida no Paraná, articulando o crescimento do PSD
para decidir a disputa no primeiro turno, como aconteceu em 2018, e até mesmo
para construir uma possível candidatura para o Palácio Planalto pela sigla – a
legenda deve lançar nomes às prefeituras nas cidades maiores e médias.
O prefeito Rafael Greca (DEM) tem uma parceria de três anos
com o PP de Ricardo Barros e Cida Borghetti e não esconde dos assessores a
vontade de trabalhar para realizar um sonho acalentado desde o período em que
era aliado de Jaime Lerner: disputar a chave do Palácio Iguaçu – Greca também
precisa construir um cenário para uma possível opção à presidência.
O ex-deputado federal João Arruda está reorganizando o MDB,
está mais ativo que o PP e o DEM, mas perdendo para o PSD, na construção de um
grupo político, descentralizado da figura de Roberto Requião, para uma futura
candidatura ao Palácio Iguaçu, com a sigla disputando cargos nas majoritárias
das principais cidades do Paraná – está empenhando no movimento para o
surgimento de novas lideranças a nível estadual e federal.
O deputado estadual Fernando Francischini age para
solidificar o PSL no Estado, mesmo após a saída de Jair Bolsonaro, mas
dificilmente vai se colocar na disputa para o governo estadual, já que o sonho
dele é voltar para Brasília, como senador, o que deve aproximar a legenda ainda
mais do PSD – a sigla constrói um cenário para lançar candidatos na maioria dos
municípios do estado.
O PDT tenta se reorganizar em torno do deputado federal
Gustavo Fruet, como alternativa da esquerda para 2022 e para fortalecer a
provável candidatura de Ciro Gomes à presidência, mas depende do que vai
acontecer na eleição municipal em Curitiba, um fracasso poderia ser o fim de
Fruet como líder, com a necessidade do aparecimento de um novo, que pode ser o
deputado estadual Goura – por ter conquistado uma parcela da juventude,
discutindo temas proibidos pelo sistema e liberados entre os jovens.
A eleição para o PT no interior do Estado vai ser um teste
para saber se o partido de esquerda vai se recuperar, hoje, em frangalhos e em
decadência, mas com esperança de renascer sob a liderança do presidente
estadual Arilson Chiorato, mas insuficiente para cativar o paranaense, e de
quebra, vê o PCdoB e o PSOL buscando o protagonismo político.
Via Blog do Tupan