Câmara de Cantagalo (Foto: Rede Social) |
O Ministério Público (MP) do Paraná ofereceu denúncia criminal contra o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Cantagalo (2013-2014), Estevão Damiani Junior, e outros cinco réus pelos crimes de organização criminosa, fraude a licitação, peculato e falsificação de documentos. Os atos foram apurados na Operação Cosa Nostra, que investiga a atuação de agentes públicos em diversos atos de improbidade administrativa.
Os demais réus são o ex-diretor-geral da Câmara (2013-2014) Valmor Carneiro de Oliveira Júnior, o ex-contador terceirizado da Casa Maicon Oarlin Okonoski e três pessoas ligadas a três empresas com participação nos crimes (João Paulo Andreiv, Noroaldo Lima de Souza e Claudinei Alexandre Tozzo). De acordo com a Promotoria um esquema de fraudes em licitações foi encontrado durante as investigações de desvio de dinheiro por diárias da Câmara.
Durante a investigação contatou-se que o grupo formava “carteis”, para participarem da tomada de preços das licitações e ganharem de forma fraudulenta. Ainda conforme a Promotoria, “um verdadeiro esquema de fraudes em licitações, emissão de orçamentos falsificados, notas frias, pagamentos em duplicidade e a mais variada gama de ilegalidades. Em alguns casos, o abuso era de tal ordem que as despesas sequer eram contabilizadas e empenhadas pelos agentes”.
De acordo com a apuração da Promotoria de Justiça de Cantagalo, os denunciados fraudaram processos licitatórios com o propósito de obter vantagem indevida. Verificou-se que as empresas simulavam concorrência, quando na realidade atuavam como um cartel com o objetivo de direcionar os vencedores dos certames promovidos pelo Legislativo. A partir das fraudes, os agentes públicos e os sócios-proprietários das empresas envolvidas recebiam recursos desviados dos valores que deveriam ser destinados aos pagamentos por serviços que muitas vezes sequer eram prestados.
Via Central Sul News