Sebastião Melo (MDB) acompanhado de correligionários
Sebastião Melo (MDB), 62, foi escolhido pelos porto-alegrenses para governar a capital gaúcha na próxima gestão, projeta o Datafolha.
Com 86,23% das urnas apuradas, ele tinha 53,96% dos votos válidos.
O emedebista derrotou a chapa de Manuela D’Ávila (PCdoB) e Miguel Rossetto (PT). Manuela foi candidata a vice-presidente em 2018, na chapa de Fernando Haddad (PT). Ela tentava ser a primeira mulher eleita como prefeita em Porto Alegre. Ela tinha 46,04% dos votos válidos.
O vice-prefeito eleito é Ricardo Gomes (DEM), vereador e ex-secretário de Desenvolvimento Econômico na gestão do prefeito Nelson Marchezan Jr. (PSDB).
Sobre a adversária, Melo afirmou que Manuela defendia um “projeto estatizante”. “São projetos completamente diferentes. Não no aspecto de diálogo e respeito à democracia, mas são diferentes."
Durante a campanha eleitoral, Melo defendeu um programa econômico liberal, com redução de impostos como o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e redução de burocracia para abertura de negócios. O prefeito eleito também incluiu no seu programa de governo a defesa das escolas cívico-militares em Porto Alegre.
Sobre a pandemia do novo coronavírus, Melo se manifestou em defesa da reabertura total dos segmentos econômicos e contra a vacinação obrigatória.
Ele já foi vice-prefeito de Porto Alegre de 2013 a 2016, na gestão de José Fortunati (à época no PDT, hoje no PTB), que também concorria na eleição deste ano. Fortunati desistiu pouco antes do primeiro turno, depois de a Justiça Eleitoral indeferir a candidatura de seu vice a pedido de um candidato a vereador da coligação de Melo.
Melo é advogado, natural de Piracanjuba (GO), é deputado estadual desde 2019. O emedebista concorreu a prefeito na eleição de 2016, chegando ao segundo turno, mas foi derrotado por Nelson Marchezan Jr. (PSDB). Antes de ser vice-prefeito de 2013 a 2016, na gestão de José Fortunati (então no PDT) e vereador (2000-2012). Sempre foi filiado ao MDB.
Marchezan, que foi o primeiro prefeito do PSDB na capital gaúcha, mas ficou de fora do segundo turno. Ele enfrenta um processo de impeachment na Câmara de Vereadores e perdeu a base que mantinha no Legislativo, sendo frequentemente criticado pela falta de diálogo.
O atual vice de Marchezan, Gustavo Paim (PP), também disputou a eleição. No segundo turno, Paim declarou apoio a Melo.
O emedebista chama de “riqueza” a formação da nova Câmara Municipal, com cinco vereadores negros, e lamentou a morte de Beto Freitas, homem negro espancado em um Carrefour de Porto Alegre.