Presidente da Comissão da Vacina, Francischini estreita diálogo com a cúpula do CRM


O presidente da Comissão Especial de Investigação (CEI) da Assembleia Legislativa, Delegado Francischini que apura fraudes na vacinação contra o coronavírus no estado realizou reunião com a cúpula do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM) nesta quinta-feira (17). O encontro virtual foi para apresentar o trabalho dos deputados em relação a denúncias de fura-fila e outras irregularidades na imunização e estreitar diálogo com a instituição que reúne mais de 30 mil médicos no Paraná.

 

Francischini falou sobre as mais de mil denúncias recebidas em relatório do Ministério Público e das diligências feitas pelos parlamentares para averiguar os casos.

 

“Temos um respeito enorme pelo trabalho de todos os profissionais que estão na linha de frente. E, como admiradores da categoria, achamos que era importante uma conversa, abrir um canal de diálogo como o Conselho para explicar nosso trabalho antes de encaminhar providência que estamos tomando. E também para construir alternativas, pois a vacinação deve persistir por outros anos”, ponderou o deputado.

 

O presidente do conselho, Dr. Roberto Issamu Yosida, elogiou a iniciativa de aproximação parlamentar com o Conselho. Ele explicou mecanismos adotados pela entidade durante a pandemia. Um deles foi o validador eletrônico de documentos, atestados e receitas, desenvolvido aqui no Paraná, para que os pacientes não ficassem desassistidos durante as medidas de restrição e isolamento social.

 

“Desde abril de 2020, chegamos a 1,3 milhão de receitas e atestados validados e agora foram mais de 106 mil declarações de comorbidades emitidas”, explicou Yosida.

 

“Quando CRM complementou o validador com a autorização das comorbidades foi para isso: evitar fura-fila e malversação da vacina. Como temos pouca vacina, uma dose pode fazer falta”, explicou o secretário-geral do CRM, Luiz Ernesto Pujol. Ele ressaltou o interesse em se apurar qualquer caso que envolva médicos.

 

“O médico não pode fugir do que está definido no Plano Nacional de Vacinação”, reforçou o vice-presidente Wilmar Mendonça Guimarães. Segundo ele, alguns casos têm sido acompanhados, especialmente em relação às comorbidades.

 

O corregedor-geral do CRM, Maurício Marcondes Ribas, explicou que o CRM não trabalha com denúncias apócrifas, mas que apura todas as que tenham um denunciante ou sejam matérias públicas veiculas pela imprensa.

 

Francischini falou o objetivo de uma parceria com o CRM, como um órgão estratégico para se tratar de denúncias. “Fiquei impressionado com o trabalho que vem sendo feito e vejo esse certificador como um mecanismo importante para que seja obrigatório e componha um projeto de lei que pretendemos propor ao final dos trabalhos da Comissão para dar credibilidade à vacinação no Paraná”, acrescentou.

 

Participantes – Representaram o CRM Roberto Issamu Yosida, presidente; Wilmar Mendonça Guimarães, vice-presidente; Luiz Ernesto Pujol, secretário-geral; Maurício Marcondes Ribas, corregedor-geral; Helcio Bertolozzi Soares, gestor do Departamento de Inscrição e Qualificação Profissional; Fabio Luiz Ouriques, tesoureiro; e Carlos Roberto Naufel Junior, gestor do Departamento de Fiscalização do Exercício Profissional.

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