Jovenel Moise governava o país deste 2016 |
O presidente da República do Haiti, Jovenel Moise, foi assassinado em casa, a residência oficial do governo daquele país.
O primeiro-ministro haitiano, Claude Joseph anunciou o assassinato e informou afirmou que a primeira-dama também Martine Moise levou um tiro.
Joseph comunicou que “um grupo de indivíduos não identificados, alguns dos quais falavam em espanhol, atacou a residência privada do presidente da República” por volta da 1h e “feriu mortalmente o Chefe de Estado”.
O primeiro-ministro pediu à população “que se acalme” e afirmou que “a situação da segurança no país está sob o controle da Polícia Nacional haitiana e das Forças Armadas do Haiti”. “Todas as medidas estão sendo tomadas para garantir a continuidade do Estado e proteger a nação”.
O assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moise, na madrugada desta quarta-feira (7), ameaça aumentar a instabilidade em um país que enfrenta simultaneamente uma crise política e de segurança.
Nas ruas do Haiti, a sensação geral é de choque e medo do que pode vir. "Nunca pensei que tudo fosse chegar a esse ponto. Fui olhar a situação nas ruas e há um pânico. Todo mundo só fala sobre isso, fala de seus medos. Nós não pensávamos que [isso pudesse acontecer] ao presidente, uma pessoa que está sempre protegida. Isso nunca tinha acontecido no Haiti", diz Fabrice Lamarque, morador da cidade portuária de Jacmel, sem esconder a perturbação em sua voz.
"Ainda não sabemos o que vai acontecer, se haverá uma resposta ao ataque... O que é certo é que tudo se tornou imprevisível", conclui.
Ainda pela manhã, o primeiro-ministro Claude Joseph pediu calma à população e, em um comunicado, afirmou que a polícia e o Exército vão assegurar a manutenção da ordem no país.
Após uma reunião do Conselho de Ministros, Joseph determinou estado de sítio no país a partir desta tarde, o que amplia os poderes do governo.