O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Roberto Barroso, pediu nesta segunda-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o presidente Jair Bolsonaro seja investigado no inquérito que supostamente apura a disseminação de fake News.
O pedido é um contra ataque contra o presidente e as manifestações que ocorreram em todo o país em que o povo pede o voto impresso e auditável para as eleições de 2022.
O pedido de Barroso foi aprovado pelos ministros do TSE por
unanimidade. De acordo com o ministro o pedido é baseado nas recentes críticas
do presidente da República em que afirma que o sistema é fraudado. Na mesma
sessão, o TSE também aprovou a abertura de um inquérito administrativo para
apurar ataques às eleições. A investigação irá apurar infrações de corrupção,
fraude, conduta vedadas a agentes públicos, abuso de poder econômico e propaganda
fora de época.
A proposta partiu do corregedor eleitoral, ministro Luís Felipe Salomão.
O polêmico e controverso inquérito das fake news foi aberto em março de 2019, por decisão do então presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, para investigar supostas fake news, ofensas e ameaças a ministros do STF.
O ministro Alexandre de Moraes, famoso por mandar prender blogueiros e jornalistas bolsonaristas, além de ainda manter preso o deputado federal Daniel Silveira, é o relator da investigação, que vem sendo apontada por muitos especialistas como anticonstitucional.
A tentativa de Barroso é tornar o presidente Bolsonaro inelegível.