João Doria com 1% nas pesquisas, desiste de concorrer ao Planalto


O ex-governador e ex-prefeito de São Paulo, João Doria, anunciou oficialmente na manhã desta segunda-feira, 23, a sua desistência à corrida ao Planalto nas eleições deste ano. O pronunciamento ocorreu nesta manhã após uma reunião com a cúpula tucana. 

- Entendo que não sou o candidato da cúpula do PSDB, e aceito. Sempre busquei e busco o consenso, ainda que ele seja contrário a mim. Saio de coração ferido e de alma leve – disse o agora ex-candidato. 

Doria havia renunciado ao mandato de governador de São Paulo há cerca de dois meses, onde se colocava candidato à presidente por ter ganho as prévias tucanas, essas que tiveram muita polêmica e acusações de fraude na votação. Como segundo colocado, tinha ficado o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que também desistiu do seu cargo e agora está na expectativa de ser indicado pela cúpula tucana como vice de Simone Tebet (MDB), a pré-candidata preferida da alta plumagem azul-amarela. 

Na última quarta-feira, 18, os presidentes dos partidos declararam que endossariam o nome da emedebista após uma pesquisa e “rifaram” Doria, que agora está impossibilitado de trocar de partido devido período eleitoral. 

A deputada federal Joice Hasselmann (UB), ex-aliada do presidente Jair Bolsonaro, lamentou a saída de Doria da disputa, tuitando que “Bolsonaro estava feliz hoje”. Internautas rebateram a parlamentar, dizendo que quem estava feliz eram “os trabalhadores que perderam seus empregos e os empresários que perderam seus empreendimentos durante o fique em casa na pandemia”. 

São Paulo sob o comando do então governador João Doria, aplicou medidas severas e duríssimas, proibindo a abertura de comércios e empresas durante a pandemia de Covid-19, além de fazer alunos perderem quase dois anos letivos. Pessoas foram presas em ruas e praças por guardas municipais de diversos municípios do interior paulista por tentarem fazer caminhadas em locais públicos. As medidas arbitrárias tiveram anuência do Supremo Tribunal Federal, que deliberou a estados e municípios conduzirem decisões durante a pandemia de Covid-19, proibindo do Governo Federal de conduzir as políticas de saúde pública. 

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