Moraes manda PF ouvir Valdemar da Costa Neto sobre minuta para alterar resultado da eleição


A “pedido” da Polícia Federal, o ministro Alexandre de Moraes do STF acabou nesta terça-feira, 31, determinou que o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto preste depoimento para esclarecer sobre declarações em que revelou ter recebido várias propostas para um decreto que poderia alterar o resultado das eleições de 2022.

As declarações do presidente do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foram dadas à imprensa em tentar minimizar uma minuta de decreto apreendida na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo anterior, onde no documento se previa instaurar um “estado de defesa” no TSE, o que poderia abrir caminho para alterar ou realizar novas eleições.

"As afirmações de Valdemar Costa Neto, ao dizer que teve consigo minutas semelhantes, de caráter manifestamente ilegal e inconstitucional, devem ser esclarecidas no contexto mais amplo desta investigação, notadamente no que diz respeito à adesão, por terceiras pessoas, de eventual intenção golpista", determinou o ministro na decisão, acrescentando que tal atuação poderia caracterizar os crimes de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

“Diante das informações prestadas e da necessidade de maiores esclarecimentos, defiro o requerimento e determino à Polícia Federal que proceda à oitiva de Valdemar Costa Neto, no prazo máximo de cinco dias”, afirmou Moraes.

Valdemar em entrevista ao jornal O Globo teria afirmado que recebeu proposta de várias pessoas para que um decreto impedisse a posse de Lula, outros que queriam que Bolsonaro assinasse o artigo 142, mas tanto ele como o ex-presidente viram que não havia condições para se fazer. “Bolsonaro não quis fazer nada fora lei”, teria afirmado o presidente do PL.

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