Posse encerra hegemonia de quase três décadas do PSDB no principal Estado do país
O agora governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tomou posse na manhã deste domingo, 1°, na Assembleia Legislativa de São Paulo. Juntamente com o vice-governador eleito, Felício Ramuth (PSD), cravam o fim de quase três décadas de governos do PSDB no Estado mais importante do país.
“Pelos próximos quatro anos, esse time fará o máximo para vencer os imensos desafios que nos são impostos”, disse Tarcísio. “Expresso minha gratidão primeiramente a Deus, depois à minha família. Na política, não poderia deixar de agradecer ao presidente Jair Bolsonaro, que enxergou o que ninguém enxergou em mim. Nunca faltou aos ministros do presidente apoio e incentivo.”
Durante a cerimônia, alguns apoiadores do agora ex-presidente Jair Bolsonaro marcaram presença e entoaram gritos de ordem, chamando Lula, o ex-presidiário e agora infelizmente presidente, de “ladrão, seu lugar é na prisão”.
Desde janeiro de 1995, todos os governadores que tomaram posse eram tucanos — com raros intervalos de oito meses, quando os ex-governadores Geraldo Alckmin e José Serra deixaram o posto para disputar a presidência da República. São Paulo também é o único dos grandes Estados brasileiros onde o PT nunca conseguiu vencer.
Na última eleição realizada em outubro passado, Tarcísio derrotou o candidato do PT ao governo do Estado, Fernando Haddad, com quase 13 milhões de votos. O governador era o candidato de Bolsonaro.
A execução do Hino Nacional não foi feita durante evento de posse devido ao luto oficial de sete dias, decretado no Estado pela morte do Rei do futebol, Pelé.
No total, a nova gestão contará com 24 secretarias, mesmo número do governo anterior, do PSDB. O número de secretários, no entanto, é de 25, uma vez que uma das pastas precisará de dois coordenadores.
O presidente da Alesp, Carlão Pignatari (PSDB), desejou a Tarcísio de Freitas uma boa gestão nos próximos quatro anos. O prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), também estava presente.