Anderson Torres poderá parar na Papuda após Barroso negar sua liberdade

Anderson Torres (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF, Anderson Torres, está vivendo um verdadeiro filme de terror na prisão. Preso há três meses acusado de ter sido conivente e omisso diante dos atos de 08 de janeiro na sede dos Três Poderes, ele está passando por profundo estado de depressão, dizem pessoas próximas que chegaram a vê-lo na prisão. 

Na última sexta-feira, 28, o ministro Luis Roberto Barroso foi relator do recente pedido de soltura impetrado pela defesa de Torres e acabou negando sua soltura. 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou uma avaliação por parte da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape-DF) para decidir sobre a transferência de Torres para um hospital penitenciário do Complexo Penitenciário da Papuda. O ex-ministro está preso no 4° Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) após mandato de prisão em ofício determinado por Alexandre de Moraes. 

A decisão de Moraes se deu somente após a defesa de Torres impetrar um habeas corpus pedindo a prisão domiciliar do ex-secretário, alegando um laudo psiquiátrico realizado por um profissional da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Torres apresenta um quadro alto de tendência a cometer suicídio – diz o documento da defesa. 

Moraes apresentou em seu despacho duas possibilidades para Torres: a permanência dele no PMDF, com as condições necessárias para garantir a saúde do ex-secretário, ou a transferência para a Papuda.

Wenderson Souza e Teles, secretário de Estado de Administração Penitenciária, afirmou que soube do despacho por alguns minutos e ainda não recebeu decisão e prefere não se manifestar ainda a respeito. 

A decisão de Moraes é muito aguardada pela defesa de Torres, que espera conseguir a prisão domiciliar para o ex-ministro. Vários meios de comunicação conservadores e de direita consideram a situação de Torres ilegal e que ele deveria ter sido solto, após o vazamento das imagens onde aparece o general Gonçalves Dias – ex-chefe do GSI de Lula – auxiliando os vândalos dentro do Planalto. 

No dia dos ataques, Torres estava com a família em férias nos Estados Unidos e assim que soube do mandato expedido contra ele, se apresentou às autoridades imediatamente que pisou no Brasil. 

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