A Folha de S. Paulo revelou nesta quarta-feira, 19, que o advogado Fernando Costa Oliveira Magalhões, que defende Adélio Bispo de Oliveira, o ex-militante do PSOL que esfaqueou Jair Bolsonaro na campanha de 2018, teria recebido R$ 315 mil da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
O advogado nega o envolvimento com o grupo criminoso e afirma que os pagamentos foram feitos por outros clientes. A investigação foi comandada pelo delegado Martin Bottaro, com instauração feita em 2022 após a justiça autorizar a Polícia Federal em investigar o conteúdo do celular dos advogados que fizeram a defesa de Adélio.
Segundo o jornal, as conclusões do inquérito incluem registros de pagamentos fracionados de R$ 315 mil realizados em 2020, supostamente ligados ao PCC onde foram para uma empresa de nome Magalhães. As conversas captadas pelo aplicativo WeChat com o nome “Adélio PCC” também foram relevadas pela investigação pericial. Nessas conversas, aponta preocupações sobre a possibilidade de Magalhães ter atuado na defesa de membros do grupo criminoso.
Em contrapartida, Magalhães nega qualquer envolvimento com a facção e afirmou que os pagamentos recebidos por sua empresa estavam relacionados à defesa dos interesses de clientes.