Durante depoimento prestado à Polícia Federal (PF) na tarde de terça-feira, 16, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reafirmou aos investigadores que não tomou a vacina contra a Covid-19 e muito menos sua filha, Laura, de 12 anos, também se vacinou.
Bolsonaro foi ouvido por cerca de três horas na sede da PF em Brasília e respondeu diversos outros questionamentos, não fugindo de nenhuma pergunta.
Ao delegado Fábio Shor, o ex-presidente reafirmou que não se imunizou e que sua filha também não devido a uma comorbidade e apresentou um laudo médico da menor atestando esta situação. Bolsonaro declarou também que adentrou os Estados Unidos como chefe de Estado, o que isentava que apresentasse passaporte vacinal.
Bolsonaro também negou que tenha solicitado ao seu ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid que fraudasse algum tipo de certificado. Ele afirma que jamais conversou sobre isso com Cid – que atualmente está preso a mando do ministro Alexandre de Moraes (STF) – algoz de Bolsonaro.
Ao final do depoimento, Bolsonaro afirmou que jamais teve acesso a seu perfil no aplicativo ConecteSUS, plataforma que teria sido registrada em um computador do Palácio do Planalto, qual teria emitido as suportas certidões falsas em nome do ex-presidente.
A Polícia Federal identificou pelo celular de Mauro Cid, apreendido durante operação recente, que ele teria acessado o aplicativo e um perfil que seria de Bolsonaro.