Em entrevista, Moro se diz indignado com ofensa de Gilmar Mendes a Curitiba



Uma semana depois da declaração polêmica do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), dizendo que Curitiba tem o “germe do fascismo”, o senador Sérgio Moro (UB-PR) disse que se sente indignado com as afirmações do magistrado. 

Em entrevista na manhã desta segunda-feira, 15, para a Rádio Banda B, aos jornalistas Denise Mello e Karlos Kohlbach. A afirmação de Gilmar Mendes foi resposta a um questionamento sobre os desdobramentos da Lava Jato, que teve Moro como juiz federal.
 
“É muito triste ver esse tipo de generalização e afirmação. Aparentemente, o ministro tem alguma rusga comigo. Nunca tive esse mesmo sentimento pessoal contra ninguém, sempre tratei minha profissão de uma maneira muito séria. Fiz meu serviço de uma forma profissional, fiz meu trabalho na Lava Jato. Quando ele dá esse passo e começa a ofender a própria cidade, falar em fascismo, por combater a corrupção… lugar de bandido, que rouba o dinheiro público, é na prisão, e isso é o império da lei, não tem nada a ver com fascismo”, se defende Moro, que também afirmou que vai defender Curitiba de ofensas como a de Mendes. 

O senador comentou também sobre um vídeo foi gravado em uma Festa Junina e que a parte divulgada se trata de um fragmento editado, no qual teria feito uma “brincadeira” e que teria sido uma “declaração infeliz”.

“Foi uma declaração, naquele momento, infeliz, mas que foi uma brincadeira, aquilo está muito claro. Existe uma brincadeira na festa junina que é a cadeia, que as pessoas são levadas a um local e tem que pagar uma prenda pra sair, então é um contexto desta espécie, absolutamente jocoso. Se eu fosse querer fazer uma acusação direta contra o ministro Gilmar, pode ter certeza que seria muito diferente”, explicou Moro. 

Por conta desse vídeo, a Procuradoria Geral da União (PGR) denunciou Moro após três dias do episódio. Moro lamentou que não foi nem intimiado para ser ouvido ou explicar sobre o episódio, mas que vai se explicar sobre isso no processo. não tenho medo disso não. Estou lá para me defender com minhas convicções. Se acham que vão me intimidar, estão muito enganados.”
“Não fui ouvido, não tiveram o trabalho de me chamar para ouvir, para explicar o episódio. Mas vou me explicar no processo”, declarou. 

Saiba mais sobre a entrevista aqui:

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