Moraes torna público relatório de análise do celular de Mauro Cid
O ministro justificou a decisão "em face da divulgação parcial de vários trechos" do relatório pela imprensa nacional
Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal federal (STF) retirou o sigilo do relatório feito pela perícia da Polícia Federal (PF) no celular do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid – atualmente preso.
No documento expedido na última sexta-feira, 16, o ministro justifica que em face da divulgação parcial de vários trechos pela imprensa, resolveu tornar o documento público.
No celular teria sido encontrado conversas em que se sugeria o afastamento de Moraes e de outros ministros, entre eles Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski, além da nomeação de um interventor para restaurar a “ordem constitucional”.
Em outra conversa, Mauro Cid e o coronel Jean Lawand teriam comentado sobre uma suposta intervenção, sugerindo que o presidente Bolsonaro tomasse alguma atitude após a eleição de Lula (PT).
Dias atrás foi divulgado conteúdo também no celular de Mauro Cid, havendo uma suposta minuta de um decreto de Garantia da Lei e Ordem (GLO), com textos destinados a dar suporte ao governo. A GLO é uma operação
Também foi divulgada a informação de que uma suposta minuta de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e textos que seriam destinados a dar suporte ao governo em um eventual golpe de Estado foram encontrados pela PF no celular de Cid.
A GLO é uma operação militar que permite exclusivamente ao presidente da República convocar as Forças Armadas em casos de pertubações e situações onde não haja capacidade de controle das tradicionais forças de segurança.
Quebrando narrativas
Contra o ex-presidente Jair Bolsonaro ou alguma conversa entre ele e Mauro Cid a respeito dessa suposta intervenção, não teria sido encontrado nada. O ex-presidente manifestou em suas redes sociais na noite de sexta-feira, 16, publicando um comunicado por parte do escritório de advocacia qual o defende com o seguinte conteúdo:
“Os novos diálogos revelados pela revista Veja comprovam, mais uma vez, que o presidente Bolsonaro jamais participou de qualquer conversa sobre um suposto golpe de Estado. Registramos, ainda, que o ajudante de ordens, pela função exercida, recebia todas as demandas – pedidos de agendamento, recados etc – que deveriam chegar ao presidente da República. O celular dele, portanto, por diversas ocasiões se transformou numa simples caixa de correspondência que registrava as mais diversas lamentações”.
Acesse ao documento no link abaixo:
https://static.poder360.com.br/2023/06/Defesa-Bolsonaro-Reportagem-Veja.pdf
