CNJ abre processo para punir a juíza Gabriela Hardt, da Lava Jato


O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão auxiliar do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu um processo disciplinar contra a juíza federal Gabriela Hardt, responsável pelos julgamentos dos processos da Operação Lava Jato – após a saída de Sérgio Moro da magistratura. 

Conforme o CNJ, Hardt é acusada de acelerar processos e transgredir o princípio de impessoalidade nas ações julgadas. As informações são do Hora Brasília. 

A ação está sendo movida após denúncia do ex-deputado estadual e empresário Tony Garcia, um dos investigados em dois casos julgados por Hardt. Garcia alega que Hardt moveu os processos com uma “velocidade atípica” e acusa ela de parcialidade no veredicto.

Garcia ainda acrescenta na sua denúncia sobre “atos criminosos” supostamente cometidos por Sérgio Moro, então juiz da Lava Jato e atualmente senador. Na denúncia, Garcia acusa que Hardt foi cúmplice desses atos ao não tomar uma posição.

O ministro Luís Felipe Salomão, corregedor do CNJ, acolheu o pedido. Hardt tem um prazo de 15 dias para apresentar sua defesa.

A juíza Gabriela Hardt foi a magistrada substituta da Operação Lava Jato e assumiu os processos em caráter permanente a partir de maio deste ano. Ela assumiu a titularidade da 13ª Vara Federal de Curitiba após a saída de Sérgio Moro, que se tornou ministro do governo de Jair Bolsonaro (PL). 

No mês de junho, Hardt deixou o cargo e foi transferida para a 3ª Turma Recursal do Paraná, onde atualmente julga casos previdenciários e assistenciais. Em seu lugar, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) designou o juiz Fábio Nunes de Martino como o novo encarregado dos casos da Lava Jato.

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