Economista Márcio Pochmann seria o favorito do presidente Lula (PT) para assumir a posição, mas nome não é bem avaliado dentro do Ministério do Planejamento por um suposto temor de interferência política. As informações são da Jovem Pan News.
A ministra do Planejamento , Simone Tebet (MDB) estaria demonstrando preocupação com a possível indicação de Márcio Pochmann, petista de carteirinha, para a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Atualmente, o IBGE compõe o Ministério do Planejamento e a presidência do instituto é ocupada de forma interina por Cimar Azeredo Pereira.
Pochmann é economista e ligado ao Partido dos Trabalhadores e já presidiu a Fundação Perseu Abramo, o Instituto Lula e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). No ano passado, fez declarações críticas sobre a PIX no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
A preocupação de Tebet é por conta de interferência política no IBGE. O receio é de que se repita o que aconteceu com o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), equivalente do IBGE na Argentina.
Durante os governos Kirchner, os números do Indec foram maquiados para dar a impressão de que a inflação estaria sob controle. A pasta do Planejamento não se manifestou publicamente sobre o assunto, mas tem defendido internamente uma nomeação considerada “técnica” para o IBGE.
A suposta indicação de Pochmann foi debatido em reunião entre Tebet e Lula, que durou cerca de uma hora, nesta segunda-feira, 24. No entanto, ambos não deram declarações oficiais sobre o assunto. Comentaristas da Jovem Pan no programa Morning Show declararam que isspo pode ser uma fritura política que Lula estaria armando para Tebet forçar uma saída da pasta – caso avance para a nomeação de Pochmann. Outra possibilidade seria abrir mais um ministério para negociações com o centrão, em especial os partidos PP, Republicanos e União Brasil que solicitam espaços na esplanada.