Parlamentares da oposição estão nos EUA para denunciar o STF na sobre o 8 de janeiro

Comitiva de parlamentares esteve na ONU para levar denúncia sobre condições dos presos de 8 de janeiro| Foto: Divulgação

Cerca de 250 pessoas permanecem presas há mais de seis meses nas penitenciárias da Papuda (masculina) e da Colmeia (feminina). Documento foi entregue ao embaixador brasileiro na ONU, Sérgio França Danese

Um grupo de parlamentares da oposição está em Nova Iorque, nos Estados Unidos para denunciar ao Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU), a situação dos presos do 8 de janeiro. 

O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) e os senadores Eduardo Girão (Novo-CE), Magno Malta (PL-ES) e Carlos Portinho (PL-RJ) chegaram na manhã desta sexta-feira, 21, aos EUA. 

A denúncia tem como conteúdo quase 50 páginas, onde os parlamentares denunciam a situação de mais de 1,5 mil presos pelo 8 de janeiro. Assinado mais de 50 legisladores, o documento foi elaborado com a ajuda de alguns dos advogados dos detidos por depredação ao patrimônio público.


O texto relata diversos abusos que teriam sido cometidos contra os presos. Os parlamentares se reuniram nesta tarde com o embaixador brasileiro na ONU, Sérgio França Danese. Em seguida, o documento será enviado a Genebra.

O senador Eduardo Girão disse que foram bem recebidos e que o embaixador acolheu o documento, especialmente em relação às arbitrariedades e às violações dos direitos humanos no dia 8 de janeiro.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) também está sendo denunciado por ignorar os pedidos de liberdade provisória, além do acesso aos autos do processo, às imagens das sedes dos Três Poderes, à avaliação de junta médica, à prisão domiciliar em decorrência de comorbidades etc.

Cerca de 250 pessoas permanecem presas há mais de seis meses nas penitenciárias da Papuda (masculina) e da Colmeia (feminina). Os defensores relataram graves problemas relacionados à alimentação dos detidos e quadros de depressão.

Além disso, que existe a falta de entrega de medicamentos controlados aos presos que precisam de tratamentos para comorbidades.

Mais de 300 pessoas já foram julgadas e condenadas pelo STF por meio de “baciada”, ou seja, de forma igualitária, mesmo eles não tendo foro privilegiado, sem a investigação da atitude de cada réu no dia 8 de janeiro. 

Nesta sexta-feira, 21, a Polícia Federal anunciou que identificou o DNA de 50 presos que estiveram no vandalismo dos prédios dos Três Poderes em Brasília. Entre os que continuam detidos e os que estão soltos com restrições na sua liberdade, são cerca de 1,5 mil presos – homens que foram presos junto com mulheres, idosos e crianças. 

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