A Polícia Federal (PF) por determinação da ministra Rosa Weber, presidente do STF, cumpriu um mandado de busca e apreensão nos endereços dos acusados de terem supostamente agredido o ministro Alexandre de Moraes no Aeroporto Internacional de Roma (ITA), no último final de semana.
O empresário Roberto Mantovani Filho, de 71 anos, a esposa dele, Andréa Munarão, e do empresário Alexandre Zanatta são investigados por supostamente terem xingado e agredido fisicamente o filho do magistrado no Aeroporto Fiumicino, em Roma.
Em depoimento nesta terça-feira, 18, empresário Roberto Mantovani Filho admitiu ter empurrado o filho do ministro do Supremo Tribunal Federal para afastá-lo. Por cerca de duas horas e meia, Mantovani Filho foi ouvido pela Polícia Federal em Piracicaba e afirmou que deu um empurrão, mas que não agrediu nem o ministro e nem o seu filho.
“Realmente reconheceu que houve um entrevero com um jovem que estava ali no local e que esse jovem eles sequer sabiam quem era. Somente quando desembarcaram foram abordados pela Polícia Federal no aeroporto é que tomaram conhecimento de que se tratava do filho do ministro. Que não houve na área de embarque qualquer contato com o ministro”, afirmou o advogado Ralph Tórtima, que representa a defesa de Andreia e Mantovani.
Durante o intervalo entre um depoimento e outro, o advogado de Mantovani afirmou ainda que o filho de Moraes teria proferido “ofensas pesadas“ à esposa do empresário e que Andreia teria reagido.
O casal é investigado pelos crimes de injúria, calúnia e difamação contra o ministro Alexandre de Moraes.
Até o momento as imagens das câmeras de segurança do aeroporto não foram divulgadas, porém, a PF já pediu sigilo das mesmas às autoridades italianas.
De acordo com juristas consultados pelo Portal 57, o caso deveria ser remetido para a primeira instância na Justiça Federal em Piracicaba, e não ser já conduzido pelo STF e pela PGR, pois os envolvidos não possuem foro privilegiado.