GDias depondo na CPMI (Reprodução: Youtube/Senado Federal)
O General de Lula, Marco Edson Gonçalves Dias, está depondo neste momento na CPMI dos atos do 8 de janeiro. Em decisão proferida ontem, o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) a ficar em silêncio sobre temas que possam incriminá-lo durante o depoimento que ele está prestando nesta quinta-feira, 31, à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos de 8 de janeiro.
Em sua decisão, Zanin ressaltou que o silêncio do General de Lula só valera para questionamentos que o incriminem e que ele não está dispensado de responder a indagações objetivas que não tenho com esse conteúdo, pois, quanto às demais formulações não inseridas na proteção constitucional, todos possuem a obrigação de não faltar com a verdade”.
Para a oposição, o depoimento do ex-ministro do GSI é fundamental para sustentar a tese que houve omissão por parte do governo Lula para que se invadisse os prédios dos Três Poderes em Brasília, principalmente após os vídeos mostrarem GDias apontando a saída para os invasores e ele entregando água aos vândalos.
O pedido para ouvir GDias no colegiado estava aprovado desde o dia 20 de junho, mas a comissão só decidiu na semana passada que ele fosse ouvido nesta quinta-feira, 31. Ele já havia prestado depoimento no dia 22 de junho deste ano para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) sobre os atos de 8 de janeiro.
Na época, o ex-ministro afirmou que não teria recebido alertas sobre risco de ataques e que fez tudo que estava ao seu alcance. Ele declarou ainda que um subordinado que já trabalhava no GSI durante a gestão do general Augusto Heleno, seu antecessor no cargo de ministro, tinha garantido que estava tudo normal naquele 8 de janeiro.