O filho mais novo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan, foi alvo de mandado de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira, 24, além de outras pessoas acusadas de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
Os agentes cumpriram cinco mandados de busca e aperensão e dois de prisão em Brasília e também em Balnerário Camboriu (SC), com segundo a justificativa, “reprimir a prática, em tese, de crimes contra a fé pública e associação criminosa, além de crimes cometidos em prejuízo do erário do Distrito Federal”.
Ois mandados foram em dois endereços ligados ao filho do ex-presidente: um apartamento em Santa Catarina e outra em área nobre da capital federal. A ação, batizada de Operação Nexum, faz alusão antigo instituto do direito romano “nexum”, que representa a passagem do dinheiro e transferência simbólica de direitos.
Certa de 35 policiais participaram do Decor e da Divisão de Inteligência Policial da PCDF e também da Polícia Civil do Estado de Santa Catarina.
O alvo da operação é Maciel Carvalho que seria suposto mentor do esquema. Ele era instrutor de tiro de Jair Renan e já foi alvo de duas ações da PCDF este ano, nas operações ‘”Succedere” e “Falso Coach”. Ele também foi preso janeiro deste ano.
O esquema, segundo as investigações, agiria a partir de um laranja e de empresas usadas pelo alvo da operação de hoje e de seus comparsas. O grupo também usava a falsa identidade de Antônio Amâncio Alves Mandarrari, por exemplo, para a abertura de conta bancária e também nomes de outras pessoas jurídicas como fantasmas.
Os alvos investigados teriam forjado relações de faturamento e outros documentos das empresas investigadas, usando dados de contadores sem o consentimento deles.
A investigação é conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (DOT), vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil.
A defesa de Jair Renan ainda não se manifestou oficialmente a respeito da operação.