Lula dá de ‘presente’ indicação de Flávio Dino ao STF após manifestações de domingo, 26

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deverá indicar o ministro da Justiça, Flávio Dino ao Supremo Tribunal Federal (STF) e Paulo Gonet à Procuradoria-Geral da República, de acordo com informação da Folha de S. Paulo na manhã desta segunda-feira, 27. 

De acordo com o jornal, auxiliar do petista dizem que ele vai assinar as mensagens ao Senado nesta segunda-feira, antes de embarcar para a Arábia Saudita.

Dino estaria com Lula no Palácio da Alvorada quando tomou a decisão acompanhado de o ministro Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social) e do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA). As escolhas foram confirmadas pelo presidente a aliados neste domingo, 26. 

Lula demorou cerca de 50 dias para indicar os nomes, mas Dino já era o favorito desde outubro, quando Rosa Weber se aposentou do STF. 

A decisão veio justamente a volta das grandes manifestações da direita ocorrida ontem, na Avenida Paulista, em protesto pela morte do patriota Cleriston da Cunha na Papuda e também que pediu a saída do ministro Alexandre de Moraes do STF. 

A indicação de Dino é apontada por parlamentares da oposição que é um jeito de “queimá-lo”, pois, com certeza, haverá resistência por parte dos Senadores e a sabadina será duríssima. Flávio Dino é figura non-grata desde quando assumiu o cargo no ministério, se negando a comparecer a três convocações recentes na Câmara Federal; também sendo arrogante e irônico participando das poucas audiências públicas que compareceu, quando questionado por parlamentares oposicionistas. 

Flávio Dino nos últimos meses se vem envolvido em vários fatos polêmicos, dentre eles de comparecer a comunidades comandadas pelo tráfico de drogas no Rio de Janeiro sem devida a escolta policial para uma autoridade federal, podendo livremente adentrar a esses locais – o que gerou duríssimos questionamentos de opositores. 

O ministro também é também acusado de esconder provas que poderiam dar novos rumos as investigações do 8 de janeiro, onde sumiu com as imagens das câmeras da sede do Ministério da Justiça em que apareceriam tropas da Força Nacional no local aguardando ontem para conter os manifestantes – o que não ocorreu por parte desta força de segurança. 

Sobre a PGR, a indicação de Paulo Bonet vem para assumir o lugar da subprocuradora-geral Elizeta Ramos, vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal, que está no cargo temporariamente. 

O ex-procurador-geral da República Augusto Aras, que ocupou o cargo por dois mandatos, deixou o posto em 26 de setembro. Aras chegou a tentar articular a própria recondução junto a próximos à Lula, mas seu passado de indicação feita por Jair Bolsonaro (PL), tirou suas chances.

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