Vai fumando, vai - Após ficar entre a vida e a morte, um homem de 47 anos foi parar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após constatar graxa nos pulmões e passar por três paradas cardíacias. Segundo o paciente, a sensação que tinha era de “quase morte” e tudo isso foi por causa do uso excessivo de cigarro eletrônico (vape).
Em entrevista ao portal G1, Arnaldo Machado, farmacêutico, disse que o pulmão dele parou e que esse tipo de aparelho usado para fumar serve realmente para matar e nem deveria ser discutida a possibilidade dele ser legalizado no Brasil.
Arnaldo conta que antes de começar usar o vape, buscava ter uma vida saudável e nunca tinha provado um cigarro comum, mas achou bacana usar um cigarro em formato de pen drive e ficou surpreso como sua saúde se deteriorou tão rapidamente. Ele ficou sete meses passando por complicações pulmonares depois que começou a fumar com vape.
O vapor que forma por este tipo de cigarro eletrônico forma um óleo que atinge os alvéolos pulmonares, ficando uma espécie de uma graxa e impede a troca gasosa de oxigênio com CO2 e teu pulmão entra num colapso. E foi exatamente o que aconteceu, segundo Arnaldo. Após dores no peito e internações, ele foi diagnosticado com evali, ou seja, uma lesão pulmonar causada pelo vape.
O cigarro eletrônico tem a venda proibida no Brasil por ter uma quantidade de nicotina maior do que a aceitável no país. Segundo a Associação Médica Brasileira (AMB), fumar vape em formato pen drive apenas um vez equivale à carga de 20 cigarros tradicionais.
Apesar da proibição, é fácil ser encontrado nas ruas e principalmente sendo consumido por jovens.
Há no Senado Federal um projeto de lei para autorizar a venda dos cigarros eletrônicos no país. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) irá se reunir nesta sexta-feira, 1°, para analisar uma proposta de consulta pública para reavaliar as regras atuais envolvendo o vape.