Patrícia de Oliveira Souza Lélis Bolin, 29 anos, é uma brasileira que está sendo procurada pelo FBI por fraude nos Estados Unidos. Segundo o Departamento de Justiça americano, ela se fingia de advogada de imigração e enganava as pessoas que queriam obter vistos permanentes no país. Ela teria desviado U$ 700 mil (R$ 3,4 milhões) para si mesma. Patrícia nega as acusações e diz que é perseguida.
A Justiça americana afirma que Patrícia Lélis prometia ajudar os clientes a conseguir vistos do tipo E-2 e EB-2, que exigem um investimento médio de U$ 1 milhão (R$ 3,4 milhões) em empresas americanas. Mas, em vez de usar o dinheiro para isso, ela gastava em reformar sua casa em Arlington, na Virgínia, e em despesas pessoais, como cartões de crédito. Ela ainda dava aos clientes um número de processo falso. O FBI, que é a polícia federal dos Estados Unidos, está atrás dela.
"Lélis Bolin responde por fraude eletrônica, transações monetárias ilegais e roubo de identidade agravado. Lélis Bolin pode pegar até 20 anos de cadeia se for condenada por fraude eletrônica, até 10 anos se for condenada por transações monetárias ilegais e mais dois anos se for condenada por roubo de identidade agravado. As penas reais para crimes federais costumam ser menores que as máximas", diz um trecho do comunicado das autoridades dos EUA.
Quem é Patrícia Lélis
Lélis ficou conhecida em 2016 por acusar o deputado Marco Feliciano (PL-SP) de estupro. A polícia arquivou o caso por falta de provas, e ela virou ré por tentar extorquir um assessor do deputado.
Em 2018, ela foi candidata a deputada federal pelo PT e aparece em várias fotos com o presidente Lula no Google. Ela também brigou nas redes sociais com a família do ex-presidente Jair Bolsonaro e disse que namorou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Mas depois terminou o namoro e fez várias acusações pessoais contra ele, mas sem apresentar provas. Depois disso, Patrícia se mudou para os Estados Unidos.