As recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nas quais ele comparou a ação de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza ao genocídio de judeus perpetrado por Adolf Hitler, geraram uma acalorada discussão nas redes sociais. A discussão envolveu a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e Gleisi Hoffmann (PT-PR), também deputada federal e presidente do Partido dos Trabalhadores (PT).
No X (anteriormente conhecido como Twitter), Gleisi rotulou Zambelli como "pistoleira" e a acusou de disseminar notícias falsas. Em retaliação, Zambelli afirmou que preferia ser uma "pistoleira de verdade do que uma suposta amante na lista da Odebrecht".
Zambelli é a autora de um pedido de impeachment contra Lula, justificado pelas declarações que ele fez no último domingo (18), durante uma reunião com membros da União Africana na Etiópia. Na ocasião, Lula classificou a ação de Israel como "genocídio".
Gleisi defendeu Lula e desdenhou do pedido de impeachment, chamando-o de "piada". Em resposta, Zambelli afirmou que já conta com o apoio de mais de 100 parlamentares e expressou sua satisfação, pois seu pedido está "causando incômodo".
Zambelli lembrou no X que o processo de impeachment de Dilma Rousseff, que ela ajudou a liderar e assinar em 2015, começou de maneira semelhante.
De acordo com a equipe de Carla Zambelli, o pedido de impeachment será apresentado nesta terça-feira (20) na Câmara dos Deputados. Apenas nos primeiros seis meses de seu terceiro mandato, a Casa recebeu 11 pedidos para destituir Lula.
Além do pedido de impeachment de Zambelli, as declarações de Lula tiveram várias repercussões diplomáticas negativas, a ponto de o presidente ser declarado "persona non grata" em Israel.