Parecer do MPF sobre Anderson Torres envergonha circo da CPI do 8 de janeiro

Anderson Torres atualmente está em prisão domiciliar (Reprodução: Yandex)

O Ministério Público Federal (MPF) optou por encerrar a ação civil contra o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, devido à falta de evidências que sustentassem a alegada omissão durante os eventos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, quando Torres ocupava o cargo de secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. O procurador responsável pela investigação, Carlos Henrique Martins Lima, concluiu que não existiam indícios de uma intenção deliberada por parte de Torres em facilitar os atos criminosos dos manifestantes que ocuparam a Praça dos Três Poderes.

A decisão de arquivamento considerou a baixa adesão de manifestantes nos dias anteriores a 8 de janeiro e a súbita mudança na dinâmica quando vários ônibus chegaram à capital. Isso resultou na movimentação dos manifestantes do Quartel-General do Exército para as sedes dos Três Poderes, indicando que Torres não possuía os meios adequados para evitar as consequências das invasões.

Além disso, o MPF rejeitou os documentos apresentados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional, argumentando que possuíam um viés político inerente, refletindo as intenções dos membros do Legislativo de atender às expectativas de seus eleitores.

Mesmo estando fora do Brasil durante os eventos, Torres foi detido por quatro meses. Posteriormente, obteve o direito de responder em liberdade, mas foi obrigado a usar uma tornozeleira eletrônica.

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