Dallagnol considera que áudios de Cid destroem credibilidade do trabalho da PF/STF

Ex-deputado e ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol (Youtube)

A defesa de Mauro Cid categorizou os áudios como "clandestinos" e os descreveu como "meros desabafos nos quais ele relata o difícil momento e sua angústia pessoal".

Nesta quinta-feira (21), o ex-parlamentar e ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, afirmou através de sua conta no X que o áudio vazado do tenente-coronel Mauro Cid "comprometeu a contrapartida de sua delação e o trabalho da Polícia Federal (PF) e do Supremo Tribunal Federal (STF) no caso contra Bolsonaro". Nas gravações, Cid alega ter sido pressionado a fazer delações contra Jair Bolsonaro, observando que os investigadores "já têm a narrativa pronta" para julgá-los conforme suas disposições.

"Dallagnol destacou: 'Como temos denunciado HÁ ANOS, parece que o verdadeiro pau de arara do século XXI e a verdadeira tortura de presos para obter delações, como disseram os senhores Dias Toffoli e Gilmar Mendes, não estava, como nunca esteve, na Lava Jato'."

O ex-deputado também apontou que o militar "ficou meses preso ilegalmente sem denúncia (o que é abuso de poder e nunca aconteceu na Lava Jato)". É esperado que Mauro Cid seja ouvido nesta sexta-feira (22) pelo Supremo Tribunal para fornecer esclarecimentos sobre os materiais e renegociar o acordo da colaboração premiada. Também se espera que a defesa de Jair Bolsonaro solicite, ainda hoje, a retirada do sigilo da delação do tenente-coronel.

Após a divulgação pela Veja, a defesa de Mauro Cid emitiu uma nota observando que o militar "em nenhum momento questiona a independência, funcionalidade e integridade" dos órgãos responsáveis pela condução dos inquéritos em que Cid é "investigado e colaborador". Os advogados classificaram os áudios como "clandestinos" e os descreveram como "meros desabafos nos quais ele relata o difícil momento e sua angústia pessoal".

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