Jornalista americano escancara interferência de Moraes no Twitter com revelações explosivas

O jornalista Michael Shellenberger (Foto: Reprodução)

Na última quarta-feira (3), a censura digital imposta pela mais alta corte, ficou balançada após as revelações o jornalista Michael Shellenberger, onde divulgou uma série de informações que sugerem uma ampla repressão à liberdade de expressão no Brasil, liderada pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e membro do Supremo Tribunal Federal (STF).

As informações, intituladas Twitter Files, revelam um conjunto de dados obtidos pelo jornalista, apresentando paralelos com uma série de conteúdos divulgados em 2022 por Elon Musk após a aquisição do Twitter. Naquela ocasião, os dados sugeriam uma colaboração entre o Twitter e as autoridades americanas para suprimir informações relacionadas a Hunter Biden, filho do presidente Joe Biden.

Os Twitter Files brasileiros revelam tentativas do TSE de obter informações pessoais de usuários da plataforma, incluindo o acesso a dados internos da rede. Essas informações foram extraídas de trocas de e-mails entre membros do setor jurídico do Twitter no Brasil e a equipe nos Estados Unidos.

Um dos pontos destacados é a tentativa do TSE de identificar usuários com base no uso de hashtags, incluindo aquelas relacionadas ao voto impresso auditável, e de reduzir o engajamento com determinados conteúdos na plataforma.

Além disso, observou-se que tanto o presidente Jair Bolsonaro quanto seus apoiadores estavam sendo investigados nesse contexto, abrangendo cerca de 15 contas na plataforma.

As ações do ministro Moraes foram vistas como fora do comum, conforme observado até mesmo pelo chefe do departamento jurídico do Twitter para a América Latina, Diego Gualda. Ele relatou uma reunião com Moraes, durante a qual o ministro convidou a Polícia Federal e a equipe técnica do TSE.

Os e-mails também revelaram uma ordem judicial direcionada ao Twitter para divulgar dados de usuários associados a hashtags específicas, como #VotoImpressoNão e #BarrosoNaCadeia, como parte de uma investigação sobre ataques às instituições e ao sistema eleitoral.

Shellenberger afirmou que buscou comentários do ministro Moraes, do STF e do TSE sobre o assunto, mas não obteve resposta até o momento. 

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