Após as críticas mediante as declarações da ministra do Planejamento Simone Tebet que o dinheiro do governo federal chegaria no 'momento certo', a equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), resolveu elaborar uma proposta para fornecer auxílio financeiro às famílias impactadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. O plano, sujeito à aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevê a distribuição de vouchers no valor de R$ 5 mil por família, visando auxiliar na reconstrução pós-desastre.
Esses vouchers serão destinados para a compra de materiais de construção, eletrodomésticos e móveis, adaptando-se às necessidades específicas de cada família afetada. Por exemplo, os recursos podem ser utilizados para contratação de serviços como dedetização, essenciais para a segurança sanitária das residências.
Inicialmente, cogitou-se a possibilidade de oferecer linhas de crédito com juros baixos ou mesmo nulos para as vítimas mais prejudicadas. Contudo, considerando a necessidade de garantias por parte dos bancos e a longa recuperação econômica prevista para essas famílias, optou-se pela concessão direta do auxílio, eliminando intermediários e simplificando os trâmites, evitando assim a burocracia associada aos empréstimos.
Estima-se que o custo direto desse benefício seja de cerca de R$ 500 milhões, substancialmente inferior aos mais de R$ 1,5 bilhão necessários para cobrir os riscos de inadimplência nos empréstimos bancários.
Além disso, o governo estaria atento ao aumento dos preços em virtude da crescente demanda por materiais de construção e utensílios domésticos. Para evitar distorções, a equipe de Haddad está negociando acordos com a indústria e o comércio visando garantir que os R$ 5 mil concedidos sejam adequados para suprir as necessidades imediatas das famílias impactadas.
Agora ver se isso realmente vai acontecer e se esse dinheiro realmente vai chegar às famílias desabrigadas, é outra história...