Bolsonaro promete grande evento para a Avenida Paulista no dia 6 de abril

No dia 16 de março de 2025, uma manifestação liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro ocorreu na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, com o objetivo principal de pedir anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. O ato reuniu apoiadores do ex-presidente, que vestiam predominantemente camisas amarelas e carregavam bandeiras do Brasil, além de cartazes com mensagens como “Anistia Já” e críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A manifestação contou com a presença de figuras políticas de destaque, como os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo), Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Jorginho Mello (Santa Catarina) e Mauro Mendes (Mato Grosso), além do pastor Silas Malafaia, que ajudou a coordenar o evento. Bolsonaro, em seu discurso, defendeu a anistia para os presos do 8 de janeiro, alegando que muitos estavam sendo “injustiçados”, e criticou o aumento do custo de vida, como os preços de alimentos e combustíveis, atribuindo a culpa ao governo atual.

Estimativas sobre o número de participantes variaram bastante. Segundo o Monitor do Debate Público do Cebrap, em parceria com a USP, o ato reuniu 18,3 mil pessoas no seu ápice, número bem inferior à expectativa de Bolsonaro, que havia projetado “um milhão” de presentes. Já a Polícia Militar do Rio de Janeiro afirmou que mais de 400 mil pessoas compareceram, enquanto o Datafolha estimou 30 mil. O evento ocorreu uma semana antes de o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciar o julgamento de uma denúncia da Procuradoria-Geral da República que poderia tornar Bolsonaro réu por suposta tentativa de golpe, o que deu ao ato um tom de pressão política.

Além da pauta da anistia, os discursos incluíram pedidos pela saída de Lula do poder e ataques ao STF, especialmente ao ministro Alexandre de Moraes, que foi alvo de críticas e vaias. Apesar da mobilização, analistas apontaram que a adesão ficou aquém de atos anteriores do ex-presidente, como o de 7 de setembro de 2022, sugerindo um possível enfraquecimento de sua base nas ruas.

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