Bolsonaro foi transferido para Brasília para a cirurgia (Reprodução)

Cirurgia de Bolsonaro para desobstrução intestinal dura 12 horas e termina com sucesso

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou por uma cirurgia de 12 horas no hospital DF Star, em Brasília, neste domingo (13), para tratar uma obstrução intestinal causada por aderências, sequelas da facada sofrida em 2018. O procedimento, considerado de grande porte, foi concluído sem complicações, conforme boletim médico. Bolsonaro está na Unidade de Terapia Intensiva, clinicamente estável, sem dor, com suporte clínico, nutricional e medidas para prevenir infecções.

A operação, chamada laparotomia exploradora, envolveu a abertura do abdome para examinar os órgãos internos e corrigir uma dobra no intestino delgado que impedia o trânsito intestinal. Além de desfazer as aderências, os médicos reconstruíram a parede abdominal para reforçar a musculatura. O boletim destacou que não houve necessidade de transfusão de sangue, indicando o sucesso do procedimento.

Bolsonaro começou a sentir fortes dores abdominais na sexta-feira (11), durante um evento político no Rio Grande do Norte. Inicialmente atendido em um hospital em Santa Cruz, a 115 km de Natal, ele foi transferido para a capital potiguar e, no sábado (12), levado de helicóptero a Brasília. O médico Cláudio Birolini, que acompanha o ex-presidente desde 2018, classificou este como o quadro mais grave desde o atentado, com sintomas intensos como desidratação e distensão abdominal.

Michelle Bolsonaro celebrou o desfecho da cirurgia nas redes sociais, agradecendo o apoio e orações de seguidores. “Cirurgia concluída com sucesso! A Deus, toda honra e glória”, escreveu, mencionando que iria à sala de extubação para ver o marido. A coletiva de imprensa com detalhes médicos, inicialmente prevista para domingo, foi remarcada para a manhã de segunda-feira.

A obstrução intestinal, motivo da internação, é uma complicação recorrente em pacientes com histórico de cirurgias abdominais, como Bolsonaro, que já passou por seis intervenções desde 2018. Aderências cicatriciais, que bloqueiam o intestino, são a principal causa. Ele enfrentou problemas semelhantes em 2021, 2023 e maio de 2024, sendo operado no último ano para resolver uma obstrução.

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que acompanhou o caso, destacou a delicadeza da cirurgia, considerando a idade de Bolsonaro e seu histórico médico. “A família sempre soube que ele nunca teria uma vida normal após a tentativa de assassinato”, afirmou. O ex-presidente segue sob cuidados intensivos, com expectativa de recuperação, mas sem previsão de alta.

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