País de Gales Propõe Lei Inédita para Criminalizar Mentiras de Políticos

O Parlamento do País de Gales está avaliando uma proposta ousada que pode revolucionar a política local: criminalizar políticos que fizerem declarações comprovadamente falsas com o objetivo de angariar votos. Aprovada a medida, o político que mentir deliberadamente poderá ser obrigado a renunciar ao cargo. A iniciativa visa restaurar a confiança da população na classe política, um desafio crescente em democracias ao redor do mundo.

O governo galês, sob a liderança do Partido Trabalhista, planeja apresentar a legislação inovadora até 2026. A lei busca tornar ilegal a disseminação de informações falsas em campanhas eleitorais e durante o exercício do mandato. O objetivo é posicionar o País de Gales como um pioneiro global no combate à fraude política, estabelecendo um novo padrão de responsabilidade para os representantes eleitos.

Para dar andamento à proposta, o Poder Executivo solicitou o apoio do Comitê de Padrões de Conduta do Parlamento galês, que ficará responsável por analisar a viabilidade e os detalhes da implementação. A organização Compassion in Politics também está colaborando com o projeto, fornecendo dados e informações relevantes para a elaboração do texto final da lei. A expectativa é que a nova legislação entre em vigor antes das eleições parlamentares de 2026.

De acordo com a proposta em discussão, tanto políticos eleitos quanto candidatos poderão ser processados criminalmente se “enganarem o público ou prestarem uma declaração falsa para ganhar votos”, conforme apontou o grupo de estudos Compassion in Politics. Mick Antoniw, conselheiro-geral do governo, declarou ao jornal *The Guardian* que a legislação será apresentada antes de 2026 para desqualificar membros e candidatos considerados culpados de fraude deliberada por meio de um processo judicial independente.

Hannah Blythyn, deputada trabalhista e presidente do Comitê de Padrões de Conduta, defendeu regras mais rígidas diante do crescente cenário de desconfiança nas instituições. “As pessoas devem poder confiar em quem as representa”, afirmou, ressaltando que o relatório do comitê apresenta recomendações para aprimorar radicalmente as regras de conduta. Sam Fowles, diretor do Instituto de Investigação Constitucional e Democrática, complementa: “Precisamos exigir dos políticos os mesmos padrões profissionais que esperamos dos outros”.

Fonte: http://revistaoeste.com

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