O senador Davi Alcolumbre (União-AP) continua empregando Paulo Augusto de Araujo Boudens em seu gabinete no Senado Federal, mesmo após o ex-assessor se tornar alvo de investigações na CPMI. A permanência de Boudens no cargo levanta questionamentos sobre a postura do senador e a lisura na gestão de recursos públicos. A situação tem gerado críticas e reacende o debate sobre nepotismo e conflito de interesses no serviço público.
A proximidade entre Alcolumbre e Boudens é notória, com o ex-assessor sendo considerado um homem de confiança do senador. Essa relação, no entanto, agora é vista com desconfiança, considerando o envolvimento de Boudens em investigações que tramitam na esfera federal. A continuidade do vínculo empregatício, nesse contexto, pode ser interpretada como uma tentativa de blindar o ex-colaborador das apurações.
A CPMI mira Boudens por suposto envolvimento em atividades sob investigação, mas os detalhes específicos não foram divulgados. A manutenção do cargo, mesmo com a investigação em curso, suscita dúvidas sobre a transparência e a ética na administração pública. A assessoria de Alcolumbre ainda não se manifestou sobre o caso.
Diante da repercussão negativa, especialistas em direito administrativo avaliam que a situação pode configurar improbidade administrativa. “A manutenção de um servidor investigado em um cargo de confiança pode ser entendida como um desvio de finalidade, dependendo das circunstâncias”, afirma o advogado especialista em direito público, Dr. Carlos Oliveira. O caso segue sob análise e pode gerar novas denúncias.
Fonte: http://diariodopoder.com.br