A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária vermelha, patamar 1, continuará em vigor no mês de outubro. Essa decisão implica em um acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. Apesar da redução em relação aos meses anteriores, quando vigorou o patamar 2, a medida ainda impacta o orçamento dos consumidores.
Essa mudança, embora represente um alívio em comparação com os meses de agosto e setembro, não elimina o custo adicional na conta de luz. A bandeira vermelha é acionada devido à necessidade de utilizar usinas termelétricas, que possuem um custo de operação mais elevado. A situação reflete as condições hidrológicas desfavoráveis no país.
De acordo com a Aneel, a persistência de volumes de chuva abaixo da média afeta negativamente os níveis dos reservatórios das usinas hidrelétricas. “É importante ressaltar que a fonte solar da geração é intermitente e não injeta energia para o sistema o dia inteiro. Por essa razão, é necessário o acionamento das termelétricas para garantir a geração de energia quando não há iluminação solar, inclusive no horário de ponta”, declarou a agência em nota.
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) já havia sinalizado a possibilidade de manutenção da bandeira vermelha, oscilando entre os patamares 1 e 2. As projeções consideram tanto o risco hidrológico (GSF) quanto o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), que reflete o custo da energia em determinado período.
Desde fevereiro, as expectativas de chuva têm se deteriorado, elevando o preço de referência da energia elétrica convencional para os próximos meses. A consultoria Dcide apontou que esse preço já ultrapassou a barreira dos R$ 300,00 por megawatt-hora (MWh). Em 2024, o país iniciou o ano com a bandeira verde, mas a piora nas condições climáticas levou ao acionamento da bandeira vermelha a partir de junho.
Fonte: http://ric.com.br