O assessor especial da Presidência, Celso Amorim, indicou uma possível mudança de tom por parte de Donald Trump em relação ao Brasil. A declaração veio após um encontro entre Trump e o presidente Lula nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Amorim afirmou que os Estados Unidos “não enganam” o presidente Lula em negociações diplomáticas.
O encontro, ocorrido na terça-feira, 23, selou um acordo para uma reunião formal na semana seguinte. Os detalhes desse encontro ainda estão sendo definidos, com diversas possibilidades em aberto. “Pode haver um primeiro passo por telefone para preparar”, explicou Amorim, demonstrando otimismo quanto à disposição de ambos os líderes em dialogar.
Trump, em seu discurso na ONU, descreveu Lula como “um cara muito legal”, relembrando um breve encontro e um abraço. Amorim interpretou o gesto como um sinal positivo, contrastando com as tensões anteriores marcadas por trocas de cartas. A relação direta entre os dois líderes representa, portanto, uma nova fase.
Amorim ponderou que, apesar da abertura, não há garantias de solução para disputas comerciais pendentes, como a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Ele também comentou sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal, sugerindo uma postura mais branda de Trump após o desenrolar do caso.
“Tenho a impressão de que Trump não teria feito o gesto de abertura se ele estivesse ainda disposto a tomar alguma atitude mais rígida”, concluiu Amorim. Essa avaliação sugere uma possível reaproximação entre Brasil e Estados Unidos, influenciada pelos recentes acontecimentos políticos no país.
Fonte: http://revistaoeste.com