A defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália, planeja utilizar as denúncias feitas por Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como trunfo para sua libertação. Senadores, incluindo Flávio Bolsonaro (PL-RJ), reuniram-se com advogados da parlamentar para discutir a estratégia durante uma visita à Itália. A equipe jurídica de Zambelli demonstra interesse em conduzir uma perícia no material apresentado por Tagliaferro.
Tagliaferro acusa o ministro do STF de utilizar a estrutura do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para prejudicar Zambelli. Segundo o jornal *O Globo*, a defesa da deputada acredita que o conteúdo pode fortalecer a tese de perseguição política contra ela. A defesa espera usar o material para influenciar a justiça italiana.
Durante a viagem, Flávio Bolsonaro se encontrou com o vice-primeiro-ministro da Itália, Matteo Salvini, buscando apoio para o caso de Zambelli. O senador solicitou que o governo italiano considere o argumento de perseguição política ao analisar um possível pedido de extradição da deputada. A expectativa é que a Procuradoria-Geral da Itália apresente um parecer sobre o caso em até um mês, servindo de base para as decisões da Justiça italiana.
Enquanto o processo de Zambelli ganha destaque, o caso de Eduardo Tagliaferro segue em ritmo mais lento. Ao contrário da deputada, o ex-assessor não foi condenado e não possui ordem de prisão, sendo apenas alvo de investigação. Essa distinção pode influenciar a rapidez com que cada caso será analisado pelas autoridades.
É importante ressaltar que Zambelli foi condenada pelo STF por porte ilegal de arma e pela invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça. Especialistas do campo jurídico apontam que esse histórico pode influenciar o julgamento de sua situação na Itália, possivelmente acelerando a análise em comparação com o caso de Tagliaferro.
Fonte: http://revistaoeste.com
