O União Brasil intensificou a pressão sobre seus membros que permanecem na base de apoio ao governo Lula. A Executiva Nacional decidiu, nesta quarta-feira (8), afastar o ministro do Turismo, Celso Sabino, de suas funções partidárias e instaurar processo de expulsão, encaminhado ao Conselho de Ética.
Sabino, que também perderá o comando do diretório estadual do Pará, tem 60 dias para se defender perante o Conselho de Ética. A medida drástica ocorre em meio a um crescente movimento de partidos da base governista para se distanciarem do governo, visando as eleições futuras.
O ministro, no entanto, declarou que permanecerá no cargo a pedido do presidente Lula, especialmente pela proximidade da COP30 em Belém. “Sigo ao lado do presidente Lula também por entender que esse é o melhor projeto do país”, afirmou Sabino, criticando as decisões “equivocadas” e “assodadas” do partido.
Enquanto isso, o Partido Progressistas (PP) optou por uma medida menos extrema. Afastou o ministro do Esporte, André Fufuca, de todas as funções partidárias, incluindo a vice-presidência nacional e o comando da sigla no Maranhão, sem, contudo, chegar à expulsão.
O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, reafirmou o distanciamento do partido em relação ao governo Lula. Em nota, Nogueira declarou que o Progressistas “não faz e não fará parte do atual governo e não nutre qualquer identificação ideológica ou programática” com a gestão.
