Com o início do cessar-fogo entre Israel e Hamas nesta sexta-feira, cerca de 200 mil palestinos retornaram ao norte da Faixa de Gaza, marcando um movimento significativo após intensos conflitos. A informação foi divulgada pela Defesa Civil de Gaza, poucas horas após o início da trégua ao meio-dia (horário local).
Mahmud Basal, porta-voz da Defesa Civil, confirmou o grande número de retornos, conforme reportado pelo Times of Israel. Paralelamente, as Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram o reposicionamento de suas tropas, preparando-se para as próximas fases do acordo, que incluem a libertação de reféns israelenses. O comunicado da IDF ressalta que as tropas no Comando Sul permanecem vigilantes, prontas para neutralizar qualquer ameaça imediata na região.
A aprovação do cessar-fogo ocorreu na quinta-feira, após deliberações entre o governo de Benjamin Netanyahu, ministros israelenses e representantes dos Estados Unidos, incluindo Steve Witkoff e Jared Kushner. Netanyahu expressou que Israel está próximo de alcançar seus objetivos de guerra, mencionando a esperança no retorno dos 48 reféns ainda sob custódia do Hamas, dos quais se estima que pelo menos 20 estejam vivos.
Do lado palestino, Khalil al-Hayya, líder da equipe de negociação do Hamas, confirmou ter recebido garantias dos EUA para a implementação da primeira fase do plano de paz, que ele acredita que “encerra definitivamente a guerra”. A Al Jazeera reportou que o acordo prevê a libertação de 250 palestinos condenados à prisão perpétua em Israel, juntamente com 1.700 detidos de Gaza.
Entretanto, um ponto de discórdia permanece: o Hamas rejeita qualquer exigência de desarmamento, conforme expresso por al-Hayya: “Nenhum palestino aceita o desarmamento”, sinalizando um desafio para as etapas futuras do acordo de paz.