Em um movimento que amplifica as tensões políticas, o presidente Lula optou por não atender as ligações do ministro Luís Roberto Barroso, recém-aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF). O silêncio do Palácio do Planalto surge em um momento crucial, logo após a formalização do pedido de aposentadoria do magistrado, levantando questionamentos sobre o processo de escolha do seu sucessor.
Além de Barroso, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, também teve seu contato ignorado por Lula. Alcolumbre é um importante articulador político e figura central no apoio à candidatura de Rodrigo Pacheco ao STF, intensificando o debate sobre as possíveis motivações por trás da aparente indisponibilidade do chefe do Executivo.
Fontes próximas ao governo sugerem que a atitude de Lula pode refletir um desejo de manter a neutralidade no processo de indicação. “O presidente busca evitar qualquer sinalização que possa ser interpretada como favoritismo a um ou outro nome”, afirmou um assessor, sob condição de anonimato, “garantindo a lisura e transparência do processo sucessório no STF”.
A postura de Lula contrasta com a tradicional cordialidade mantida entre os poderes, especialmente em momentos de transição no Judiciário. A omissão em atender as ligações, especialmente de figuras chave como Barroso e Alcolumbre, acende um alerta sobre o futuro das relações institucionais no país.