São Caetano na Mira da PF: Clube é Investigado em Esquema Bilionário de Lavagem de Dinheiro

O São Caetano Futebol Clube, tradicional equipe do futebol paulista, tornou-se o foco de uma investigação da Polícia Federal que apura um esquema bilionário de lavagem de dinheiro com ramificações internacionais. A operação, denominada Mafiusi, cumpriu mandados em diversas cidades e mira um esquema que, segundo a PF, utilizava o clube como um dos mecanismos para a lavagem de capitais.

A Polícia Federal descobriu que o esquema envolvia o agenciamento de jogadores de futebol e negociações suspeitas de cotas do clube. Documentos apreendidos indicam que um contrato de compra e venda de quotas do São Caetano, datado de 2023, registrou um valor de R$ 9,2 milhões. As autoridades suspeitam que o ex-presidente do clube atuava como laranja para o líder da organização criminosa.

A Operação Mafiusi foi deflagrada em diversas cidades do Paraná e de São Paulo, incluindo Maringá, Curitiba, São Paulo e São Caetano do Sul. Um dos alvos foi a residência do Secretário da Fazenda de Maringá, onde foram apreendidos veículos de luxo, como uma Ferrari avaliada em R$ 1,4 milhão e uma Mercedes de R$ 1 milhão.

Ao todo, a operação cumpriu três mandados de prisão preventiva e 12 mandados de busca e apreensão, além de medidas patrimoniais que incluem sequestro de imóveis e bloqueio de bens. O valor total das apreensões e bloqueios chega a aproximadamente R$ 13,89 milhões.

A Polícia Federal informou que a investigação é um desdobramento da primeira fase da Operação Mafiusi, realizada em dezembro de 2024. As evidências apontam para um esquema estruturado de lavagem de dinheiro em grande escala, com conexões diretas com a alta cúpula de uma facção criminosa de São Paulo.

De acordo com a Polícia Federal, a quadrilha utilizava métodos sofisticados, incluindo empresas de fachada, fintechs e câmbio paralelo, para ocultar a origem dos valores. O grupo também teria investido recursos do tráfico em atividades aparentemente legais, como a aquisição do time de futebol.

Em nota, o Secretário da Fazenda de Maringá, alvo da operação, informou que não teve acesso ao inquérito e que nada de ilícito foi encontrado em sua residência. “Em minha residência, posso afiançar, que nada ilícito ou obtido de forma torpe foi encontrado e vamos ultimar esforços com nosso advogado para ter maiores detalhes e esclarecer os fatos”, afirmou.

A Prefeitura de Maringá informou que a investigação não tem relação com a gestão municipal e que o secretário pediu licença para se dedicar a esclarecer os fatos. O espaço segue aberto para manifestação do São Caetano Futebol Clube.

Fonte: http://ric.com.br

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