A ausência de reação do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), às críticas proferidas pelo presidente Lula contra o Congresso Nacional durante um evento no Rio de Janeiro na última quarta-feira (15/10) deflagrou um clima de insatisfação entre lideranças da Casa. O silêncio de Motta, interpretado por alguns como conivência, surpreendeu e gerou debates acalorados nos bastidores do parlamento.
Lula, em seu discurso, teceu comentários críticos à atuação do Congresso, o que, na avaliação de diversos parlamentares, demandava uma resposta imediata e firme por parte do presidente da Câmara, em defesa da instituição. A falta dessa reação alimentou especulações sobre as possíveis razões por trás da postura de Motta, intensificando o desconforto no cenário político.
“Esperávamos uma postura mais enérgica do presidente da Câmara em defesa da autonomia do Congresso”, declarou um líder partidário, que preferiu não se identificar. A omissão de Motta levanta questionamentos sobre o equilíbrio de forças entre os poderes e a capacidade do parlamento de se posicionar frente a críticas externas.
O episódio coloca em xeque a liderança de Hugo Motta na Câmara e pode gerar repercussões nas relações entre o Executivo e o Legislativo. A expectativa é que, nos próximos dias, o presidente da Casa se manifeste publicamente sobre o ocorrido, buscando apaziguar os ânimos e reafirmar o papel do Congresso Nacional no cenário político brasileiro.