Escalada em Gaza: Ataques israelenses deixam dezenas de mortos após acusação de violação do cessar-fogo pelo Hamas

As Forças de Defesa de Israel (FDI) realizaram intensos bombardeios na Faixa de Gaza neste domingo, resultando na morte de pelo menos 36 palestinos. A ação militar foi desencadeada após Israel acusar o Hamas de romper o cessar-fogo vigente, em meio a confrontos que culminaram na morte de dois soldados israelenses.

De acordo com levantamento feito por jornalistas locais com base em informações de hospitais, a maioria das vítimas fatais foi registrada em ataques no centro de Gaza, incluindo a cidade de Deir al Balah e o campo de refugiados de Nuseirat. Os ataques atingiram diversas áreas, desde um café até tendas de deslocados, aumentando o número de vítimas civis.

Um dos ataques teve como alvo um escritório da Palestinian Media Production, empresa que presta serviços para veículos de comunicação internacionais, incluindo a Al Jazeera. O ataque resultou na morte de um técnico de transmissões e do filho de um jornalista, levantando preocupações sobre a segurança de profissionais da imprensa na região.

“Em Khan Yunis, assim como no centro, (cidade de) Gaza e no norte, a ocupação israelense continua com sua estratégia de matar e atacar claramente civis na Faixa de Gaza”, denunciou Mahmud Basal, porta-voz da Defesa Civil no enclave, destacando a crescente preocupação com o impacto dos ataques na população civil.

Os confrontos que antecederam os bombardeios ocorreram na região de Rafah, área controlada pelas FDI. Segundo as autoridades israelenses, um grupo de combatentes palestinos, supostamente ligados ao Hamas, abriu fogo contra os soldados, desencadeando a resposta militar. No entanto, tanto o Hamas quanto seu braço armado negaram qualquer envolvimento no incidente.

Em resposta aos confrontos, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou uma “ação enérgica contra alvos terroristas” em Gaza. As FDI declararam ter retomado a aplicação do cessar-fogo após os ataques, mas advertiram que responderão com firmeza a qualquer nova violação do acordo.

Fonte: http://jovempan.com.br

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