Ciro Gomes, figura conhecida da política nacional, oficializou sua filiação ao PSDB nesta quarta-feira, marcando seu retorno ao partido que liderou o Ceará entre 1991 e 1994. A mudança estratégica visa pavimentar o caminho para sua candidatura ao governo do estado nas eleições de 2026, prometendo agitar o cenário político local.
Após uma década no PDT, Ciro formalizou sua saída entregando a carta de desfiliação ao presidente da legenda, Carlos Lupi. Aos 67 anos, essa é a sétima mudança partidária em sua trajetória, evidenciando sua busca por um alinhamento estratégico para seus objetivos políticos futuros.
A decisão de deixar o PDT foi impulsionada por divergências em relação ao apoio do partido à reeleição do atual governador petista, Elmano de Freitas. Ciro Gomes pretende se posicionar como o principal opositor ao PT no Ceará, rompendo com a base de apoio do governo Lula.
“Estou infeliz no PDT após a adesão do partido à base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, declarou Ciro, sinalizando sua insatisfação com os rumos da antiga legenda. A aproximação com o PSDB foi articulada por Tasso Jereissati, figura histórica do partido no estado, que desempenhou um papel fundamental na reaproximação.
Com um histórico de quatro candidaturas à Presidência da República, Ciro Gomes busca agora fortalecer sua base eleitoral no Ceará. Apesar das especulações, o ex-ministro já declarou que não pretende disputar novamente o Palácio do Planalto, concentrando seus esforços na disputa pelo governo estadual. Sua movimentação demonstra um reposicionamento estratégico visando o pleito de 2026, indicando que a disputa pelo governo do Ceará será acirrada.
O PSDB, por sua vez, enfrenta um momento delicado em nível nacional, com uma redução significativa no número de filiados com mandato eletivo e a perda do comando de estados. A filiação de Ciro Gomes representa uma aposta para revitalizar o partido no Ceará e projetar uma imagem de renovação.