Eduardo Bolsonaro Enfrenta Votação Crucial no Conselho de Ética: Cassação em Jogo

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados se reúne hoje, quarta-feira (22), para deliberar sobre o futuro político do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Em pauta, o parecer do relator, deputado Marcelo Freitas (União-MG), que recomenda o arquivamento do pedido de cassação de seu mandato. A sessão promete ser tensa, com forte polarização em torno do caso.

O pedido de cassação foi protocolado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), que acusa Eduardo Bolsonaro de quebra de decoro parlamentar. Segundo a representação, o deputado teria proferido “ataques verbais a instituições democráticas, como o Supremo Tribunal Federal (STF)”, além de tentar influenciar autoridades estrangeiras a impor sanções ao Brasil. A acusação é grave e pode resultar na perda do mandato do parlamentar.

Em contrapartida, o relator Marcelo Freitas argumenta que as ações de Eduardo Bolsonaro não configuram quebra de decoro. Em seu relatório, Freitas afirma que “o ato de opinar, discordar ou denunciar, mesmo que em território estrangeiro, não constitui infração ética, mas exercício legítimo do mandato representativo”. Ele defende que as manifestações do deputado estão protegidas pela imunidade parlamentar e configuram o direito de crítica política.

Ainda antes da votação, o PT tentou afastar Marcelo Freitas da relatoria, alegando falta de imparcialidade. O líder do partido na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), argumentou que o relator mantém uma relação de amizade com Eduardo Bolsonaro e demonstrou “fidelidade irrestrita ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)”. O pedido, no entanto, foi negado pelo presidente do Conselho de Ética, Fábio Schiochet (União Brasil-CE).

Diante da polêmica, Marcelo Freitas negou qualquer relação pessoal que o impedisse de atuar no caso. A sessão do Conselho está agendada para as 14h, e a expectativa é de um debate acalorado. “Será uma sessão muito movimentada, até pela grandeza do caso. Mas o Conselho vai prezar pela imparcialidade e pela análise técnica do relatório do deputado Marcelo Freitas”, declarou Fábio Schiochet. Caso o parecer pela absolvição não seja aprovado, um novo relator será designado e o processo será reiniciado.

Fonte: http://vistapatria.com.br

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