O Brasil enfrenta um grave problema de saúde pública com o aumento alarmante de casos de intoxicação por metanol. A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) confirmou, na última quarta-feira (22), mais duas mortes decorrentes da contaminação, elevando o número total de óbitos no estado para três. Com essa atualização, o país registra agora 12 mortes relacionadas à ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol.
Uma das vítimas no Paraná já havia sido diagnosticada e permanecia internada em estado grave. O outro caso é de um homem que buscou atendimento médico na terça-feira (21) e, infelizmente, não resistiu, falecendo no dia seguinte. A identificação e o acompanhamento desses casos são cruciais para conter a disseminação do problema e oferecer o suporte necessário às vítimas.
As vítimas mais recentes no estado são uma mulher de 41 anos, residente em Curitiba, internada desde o dia 11 de outubro, e um homem de 43 anos, de Almirante Tamandaré, que procurou um hospital na capital paranaense na segunda-feira (20). O Ministério da Saúde já contabiliza 53 casos confirmados de intoxicação por metanol em todo o país, além de mais de 110 notificações sob investigação.
São Paulo lidera o número de registros, com 42 casos confirmados e outros 18 em análise. Além do Paraná, estados como Pernambuco, Rio Grande do Sul e Mato Grosso também registraram casos de intoxicação após o consumo de bebidas adulteradas. A extensão geográfica da contaminação demonstra a urgência de ações coordenadas em nível nacional para rastrear a origem das bebidas e punir os responsáveis.
Em entrevista coletiva recente, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, enfatizou a importância da colaboração entre os estados e a União para combater a adulteração de bebidas alcoólicas. “Estamos trabalhando em conjunto com as secretarias estaduais de saúde para identificar a origem do metanol e garantir que os responsáveis sejam punidos”, declarou o ministro, ressaltando o compromisso do governo em proteger a saúde da população.