Em visita ao sul de Israel, próximo à Faixa de Gaza, o senador americano Marco Rubio declarou enfaticamente que o Hamas não terá qualquer papel em um futuro governo na região. A afirmação, feita nesta sexta-feira, surge em um momento de intensos debates sobre a reconstrução de Gaza e a necessidade de uma solução política duradoura para o conflito israelo-palestino.
Rubio justificou sua posição citando o histórico do Hamas, incluindo confrontos com milícias rivais e a execução pública de sete homens na Faixa de Gaza, atos que demonstram a contínua ameaça representada pelo grupo. “Hamas não pode governar nem estar envolvido em nenhum governo futuro em Gaza”, afirmou o senador, enfatizando a necessidade de o mundo reconhecer a presença de um “grupo terrorista armado” na região.
Além de sua posição sobre o Hamas, Rubio também alertou que uma possível anexação da Cisjordânia ocupada por Israel representaria “uma ameaça ao processo de paz”. Segundo o senador, tal movimento poderia dissuadir outros países de se envolverem nas negociações, comprometendo a busca por uma solução estável para o conflito.
Enquanto isso, o enviado adjunto da ONU para o Oriente Médio, Ramiz Alakbarov, alertou para a fragilidade do cessar-fogo em Gaza, descrevendo-o como uma “oportunidade excepcional” para encerrar o conflito. Alakbarov destacou que, sem apoio para a reconstrução e entrega de ajuda humanitária, a região corre o risco de retornar à violência, ressaltando a urgência de medidas para consolidar a trégua.
Alakbarov elogiou os esforços de mediação de países como Estados Unidos, Qatar, Egito e Turquia, e pediu a devolução imediata dos restos mortais dos reféns falecidos e a entrada de ajuda humanitária em larga escala em Gaza. Desde o início da trégua, a ONU e seus parceiros ampliaram as operações de assistência na região, incluindo um plano humanitário de 60 dias para agilizar trâmites aduaneiros, ampliar rotas de acesso e restabelecer serviços básicos.
Fonte: http://vistapatria.com.br
