Após a megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, que resultou em um alto número de mortes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou publicamente pela primeira vez. A operação, que ocorreu na terça-feira (28), teve grande repercussão nacional e internacional, gerando debates sobre a letalidade policial e os direitos humanos. O silêncio do presidente até então era notório, aumentando a expectativa sobre seu posicionamento.
Em pronunciamento realizado na noite de quarta-feira (29), Lula informou ter convocado uma reunião emergencial com seus ministros para tratar do caso. Ele determinou o envio imediato de representantes do governo federal ao Rio de Janeiro, visando uma análise aprofundada da situação e a busca por soluções. O objetivo é entender os desdobramentos da operação e coordenar ações para garantir a segurança da população.
“Me reuni hoje pela manhã com ministros do meu governo e determinei ao ministro da Justiça e ao diretor-geral da Polícia Federal que fossem ao Rio para encontro com o governador”, declarou o presidente em suas redes sociais. Lula também enfatizou a necessidade de uma atuação coordenada entre as forças de segurança para combater o crime organizado, mas ressaltou a importância de preservar vidas e evitar que inocentes sejam colocados em risco.
O presidente defendeu uma estratégia que “atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco”. Ele relembrou a ação realizada em agosto, considerada a maior operação contra o crime organizado na história do país, que focou no desmantelamento financeiro de uma grande quadrilha. Lula também mencionou a PEC da Segurança, que visa garantir a atuação conjunta das diferentes forças policiais no enfrentamento às facções criminosas.
Segundo o Palácio do Planalto, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, foram designados para se reunir com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. A missão tem como objetivo coletar informações detalhadas sobre a operação e avaliar medidas que promovam a segurança pública, respeitando os direitos humanos e evitando novas tragédias.
Fonte: http://vistapatria.com.br