O tema da redação do Enem 2025, que abordou as perspectivas do envelhecimento no Brasil, gerou debates acalorados. Candidatos expressaram insegurança nas redes sociais, enquanto especialistas divergiram sobre o nível de dificuldade da proposta. A complexidade do tema surpreendeu muitos, levantando questões sobre a preparação dos alunos e a abordagem do Inep.
Professores se dividiram entre aqueles que veem uma simplificação intencional para melhorar o desempenho geral e os que defendem a necessidade de maior interpretação e conhecimento. O debate gira em torno da acessibilidade do tema e das habilidades exigidas dos candidatos para desenvolver um bom texto. A proposta de redação desafiou os participantes a refletir sobre as nuances do envelhecimento no contexto brasileiro.
Vinicius Doroch, professor de Linguagens e Redação, acredita que o Enem tem simplificado o nível técnico da redação, mesmo sob uma aparência sofisticada. “Eles melhoram piorando a complexidade do que deve ser escrito”, avalia. Ele argumenta que a escolha de temas mais acessíveis busca conter os baixos índices de desempenho.
Por outro lado, Gabriel Miranda, professor de Linguagens e Redação, considera o tema mais exigente, demandando maior profundidade interpretativa. “Achei o tema complexo, mas prefiro assim ao do ano passado, acessível a qualquer um”, afirma. Ele destaca a necessidade de abordar dimensões sociais e econômicas do envelhecimento.
No geral, o primeiro dia do Enem 2025 registrou aproximadamente 4,8 milhões de inscritos, com uma taxa de abstenção de cerca de 27%. O segundo dia de provas está marcado para o próximo domingo, com expectativa de participação estável. O Inep deve divulgar o gabarito oficial até sexta-feira (21) e os resultados individuais em janeiro de 2026.
