Em uma reviravolta no mundo financeiro, o Banco Master recorreu ao ex-presidente Michel Temer para tentar viabilizar a venda da instituição ao Banco de Brasília (BRB). A manobra, que ocorreu após a recusa inicial do Banco Central (BC) em setembro, visava contornar os obstáculos regulatórios e garantir a concretização do negócio.
A aproximação entre Temer e o proprietário do Banco Master, Daniel Vorcaro, que foi preso pela Polícia Federal, teve a intermediação do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. O próprio Temer confirmou ter se reunido com Vorcaro para discutir a situação, conforme declarou em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. “Me chamaram duas semanas atrás a Brasília, quando ainda se achavam interessados na formalização da transação [com o BRB]. Estava também o Daniel Vorcaro, e o Ibaneis [Rocha, governador do DF] disse que queria que eu fizesse uma mediação”, revelou Temer.
Contudo, a tentativa de Temer de mediar a situação não obteve sucesso. O Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master, inviabilizando qualquer possibilidade de acordo, inclusive a recente manifestação de interesse do Grupo Fictor em adquirir a instituição. A decisão do BC, segundo fontes próximas, encerra de vez as chances de o negócio avançar.
A liquidação extrajudicial do Banco Master já estava no radar do mercado desde a primeira negativa do Banco Central à proposta de aquisição pelo BRB. O modelo de negócios do banco era considerado arriscado, com emissão de papéis garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) e pagamento de taxas acima do mercado.
A liquidação extrajudicial é um instrumento utilizado pelo Banco Central para intervir em instituições financeiras com problemas graves, visando preservar a estabilidade do Sistema Financeiro Nacional (SFN). A medida implica a paralisação das atividades da instituição e sua exclusão do SFN, marcando o fim de suas operações. Fonte: Pleno.news
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